Carta Resposta da Ministra da Magia

Não creio que alguém tenha esperado que a Ministra da Magia se mantivesse calada após a carta que nos foi enviada pelo Procurador-Geral da Magia, Pierre Van Rousset e enfim chega a tão esperada resposta de Artemísia D. Lancastter, a qual certamente não deixou por menos tudo aquilo que o ministerial insubordinado fez questão de ressaltar.

(Aparentemente, chegou a hora de agir.)

Correm boatos pelo ministério de que o Procurador-Geral da Magia não é visto desde que expôs sua opinião ao Profeta e resta saber se ele recebeu uma reprimenda capaz de fazê-lo se exilar dos demais, se sua coragem chegou ao fim após essa atitude talvez não tão bem pensada, ou se talvez ele esteja se ocultando na intenção de se preparar para um novo golpe. Só podemos especular a respeito.

(Já faz algum tempo que não se tem novas declarações de Pierre.)

De todo modo, fiquem agora com a carta da ministra em sua íntegra.
Li um belo discurso, bonito de fato, garboroso, palreado, porém com intenções tão sujas e promíscuas que conspurcam a própria figura do magistrado.
Não posso deixar de citar, lamento ter que expressar palavras tão chulas, mas assim afirmo a frase e irei explicá-la ‘a ministra é totalmente substituível, assim como nosso querido Lelouch Lamperouge’, mal posso impedir-me de dizer o mesmo sobre nosso (infelizmente, agora, para alguns) pouco bem quisto Procurador Geral da Magia, Pierre Van Rousset, assim como foi dito ao inicio de sua carta, assegurada pelas Leis de “Livre Arbítrio n° V”, aplicadas desde XVIII, Reformulação Mágica da Constituição Britânica de mil novecentos e noventa e seis, assegurando minha permissão em minha qualidade de agente da lei e ministerial, expressando livremente minhas visões e opiniões sobre o supracitado Procurador Geral da Magia. Afinal, fora ele que viera até mim, em meu gabinete, com intenções de ajudar o Chefe dos Aurores (ou a si próprio?) que, hoje, ele critica, como não mais aliado e só alguém a atrapalhar teu caminho.
Enquanto eu, Ministra da Magia sento-me – tão frívola – frente a Pierre Van Rousset, ele propõe-me ideias absurdas, ao Ministério da Magia, impraticáveis nestes tempos, é o senhor Pierre que reduz a sentença de um personagem psicótico que destoa a sociedade e, por ser um ser incapaz, deve ser mantido preso, quem sou eu então em um cenário tão pouco estoico? Mas esta não é uma coluna de fofocas e não serei eu, como meu colega fez tão pausadamente bem, a dispensar e descrever tão detalhadamente uma pessoa de maneira suja e cruel.
Se é a mim que julgam por manter-me bela e impassível em minha adorável ‘mesa de mogno’, não me veem em reuniões incansáveis com ministeriais, aurores e tantos outros que por minha mesa já passaram, sentaram e debruaram-se em discursos e mais discursos interruptos.
É a minha face que vai ao povo, pronta para ser esbofeteada e estrangulada até que meus olhos sejam transbordados pela face, derramados aos pés da população. É a mim que os líderes procuram em busca de alternativas.
Sou eu quem recebo as críticas por assassinatos, roubos e ataques, acusada de ser uma párea, uma insípida inútil, mas também é a mim que o povo vem quando seus próprios algozes são mortos, derrubados e desmantelados em sua frente, a crueldade sempre será provida a mim, sempre serão meus os erros e quaisquer destaques desvalorizadores. Qualquer pessoa pode ser substituída, um cargo permanece inalterado e inabalado, as pessoas que passam por eles são as que mudam, meu mandato não é imortal, não será meu rosto eternizado frente ao Ministério da Magia, assim como também não será o de Lamperouge nos aurores, tampouco o de Pierre Van Rousset como procurador geral. Pessoas são substituídas, ainda que esta realidade seja negada por muitos.
Também não vejo como a lei de integração não seja apropriada, independente do tempo, eu absolutamente não gosto da ideia de ‘castrar’ nossos prisioneiros, mas tampouco posso deixar um prisioneiro com periculosidade máxima esteja a plenos poderes, pronto para atacar tão logo tenha a oportunidade. Ou eu deveria ter mantido os dementadores? Deveria ter permitido que a cada assassino um beijo fosse dado? Uma execução livre, sem volta, corpos condenados a vagarem sem alma até o final de seus dias?
Ou quem sabe eu deveria fazer, como o próprio senhor Pierre sugeriu, invadir a privacidade de todos os bruxos atrás de Aizen Darkmoon? Eu deveria retirá-los de suas casas, grampeá-los e persegui-los atrás dele? Ou quem sabe, eu devesse rastreá-los com magia, incapacitando-os e impedindo-os de executarem plenamente a lei supracitada ao inicio de minha carta? Vocês concordariam com tal jurisdição? Concordariam com uma lei onde eu os prendo a um regime militarista, controlo-os como marionetes e impeço a vocês e seus filhos de regerem por direito sua própria jurisdição? Todos vocês são livres para pensar, fazer e agir desde que responsáveis por seus próprios atos, quem sou eu para impedi-los?
Se a Pierre Van Rousset agrada fazer uso de dois pesos e duas medidas que lhe é conveniente, só resta-nos pensar até que ponto ele deixaria-se ir neste conceito. E se minhas palavras não o agradam, só posso eu, lamentar. Minha posição não é agradar. Eu disse ao Promotor e hoje repito; 'Devemos mostrar diferença. Justiça e não mais matanças. Ou como poderemos exigir que não matem, impor leis a respeito, se nós mesmos estaremos a matar? Uma ação não deve falar, ser feita só para um, mas para todos. E esta opção que me expôs, eu pretendo não usar nem mesmo como último recurso.' Lembro-no, também, que esta fora e ainda é minha decisão final. A palavra de um líder devia ser melhor lembrada e respeitada.

Agradeço desde já a atenção e disposição de todos os que leram esta carta,
Atenciosamente,

Artemísia Dashwood Lancastter
Ministra da Magia.
Retornarei em breve com informações complementares sobre a coletiva de imprensa proporcionada pelo alto escalão do Ministério.

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About Madeleine Van Rousset

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