Termina o Julgamento Mais Longo da História do Ministério

Tendo sido capturadas durante o ataque à prisão de Azkaban, Lilith Laforet e Minnie Laforet (de início conhecida como Mikaelly Sullivan Laforet) parecia certo que haveria uma condenação e que ambas logo estariam definitivamente confinadas na mesma prisão que anteriormente tinham invadido, mas muito se enganaram aqueles que realmente acreditaram que seria assim. Sendo presidido pela própria Ministra da Magia, Artemísia D. Lancastter esse julgamento desde o início revelou diversas surpresas para aqueles que só esperavam dele alguns poucos momentos nos quais as acusadas acabariam por confessar seus crimes, talvez até mesmo sem demonstrar qualquer ressentimento, como em muitas vezes aconteceu antes.

  (Bellatriz Lestrange é um claro exemplo de comensal que não temeu assumir seus crimes e declarar sua lealdade ao então Lord das Trevas.)

No entanto, tão logo o julgamento teve início, nos deparamos com duas jovens aparentemente entristecidas e de aparência sofrida, era fácil notar os olhos inchados e vermelhos de choro, bem como o medo tão aparente de uma condenação. Entre lágrimas e soluços, ambas assumiram o fato inegável de que estavam na prisão de Azkaban no momento em que foram capturadas, no entanto, disseram que não tinham controle sobre si mesmas ao fazê-lo e nem mesmo se lembravam de como haviam chegado ao local, sendo por isso responsável a maldição Imperius. E então o julgamento pareceu se arrastar longamente entre os discursos da ministra -que parecia inclinada a pensar que as opiniões alheias sobre si mesma fossem influenciar na decisão do júri- os questionamentos da promotoria, as explicações da defesa e a decisão sobre o uso da Poção Veritaserum como meio de assegurar que as acusadas estivessem de fato sendo sinceras.

 (Lilith Laforet tinha uma expressão aflita e lágrimas se misturando ao que restara de sua maquiagem durante o seu julgamento.)

Sebastian M. Laforet foi o responsável pela defesa das acusadas mantendo a posição de que ambas haviam estado sob o comando de outro bruxo ao invadir Azkaban enquanto Ares M. Van Rousset foi o promotor escolhido pelo ministério para acusá-las e verificar se de fato elas tinham culpa ou não dos acontecimentos de que participaram. Dentre os ministeriais do júri podemos destacar a presença do Vice-Ministro da Magia Gregory L. Van Rousset assim como da controversa Francinny Lancastter que aparentemente já deu muito trabalho ao ministério, ainda que seu ponto de vista tenha aparentemente mudado no decorrer do julgamento. 

Nunca antes, ao que me lembre, um julgamento ministerial demorou tanto para se desenrolar e ao todo foram gastos dez longos dias, entre recessos e pausas infindáveis. O processo todo tornou-se bastante enfadonho aos que dele participavam e este ganhou o apelido de 'julgamento sem fim' uma vez que tornava-se bastante difícil vislumbrar o seu término. Quando por fim foi feito o uso da Veritaserum, o promotor responsável já parecia cansado de todo aquele processo, assim como todos os demais e tornava-se cada vez mais claro que as acusadas não se conheciam antes do crime, bem como pareciam estar sendo sinceras a respeito de terem sido forçadas a participar da invasão da prisão mais conhecida pelos bruxos. Em determinado momento, discussões paralelas ao julgamento tomaram o tempo gasto com ele que já não era pouco e precisaram ser contidas pela ministra, a guinada para esta situação veio quando a primeira testemunha foi chamada pela promotoria, Alice Laforet, que seria a irmã gêmea de Minnie Laforet e que parecia extremamente abalada pela prisão desta última, informando que em momento algum o ministério notificou a família sobre o ocorrido.

 
 (Minnie Laforet não conseguiu controlar a emoção ao ver sua irmã adentrando no julgamento.)
 
Em seu depoimento ela disse estar bastante magoada com o descaso do ministério e afirmou ter passado vários dias procurando pela irmã sem saber o que tinha acontecido com ela, revelou ainda que recentemente se passara o aniversário de ambas e suas palavras a respeito foram emocionadas:

Não posso descrever como é a dor de não passar o dia que nós compartilhamos para nascer com minha irmã gêmea, sempre fomos muito ligadas e desta vez, estando separadas, não houve qualquer comemoração... E como poderia não é mesmo? Com minha irmã presa em uma cela fria e sombria, sem poder ter qualquer comunicação com a família... Nunca vou me esquecer desse último aniversário, foi o pior de toda a minha vida e tenho certeza que da dela também. 

 (Alice Laforet não conteve as lágrimas ao falar sobre o aniversário perdido de ambas.)

A testemunha chamada pela defesa a seguir foi ainda mais surpreendente, tratava-se de Cammily Van R. Laforet a líder da família Laforet, a qual fez questão de dizer também que estava bastante magoada pela falta de consideração do ministério para com a sua família, uma vez que a mesma não recebeu qualquer notificação da prisão de suas primas. Ela confirmou as palavras das acusadas acerca de seus ofícios e então fez a surpreendente revelação de que a acusada até então chamada pelo nome de Mikaelly Sullivan Laforet na verdade chamava-se Minnie Laforet, fato que somente confirmou o quanto a defesa e o próprio ministério pareciam equivocados em todo aquele caso. Como prova de suas palavras, foram fornecidas as certidões de nascimento tanto de Minnie quanto de Alice.

Neste momento a promotoria resolveu mudar o foco e o promotor questionou a testemunha acerca de possíveis inimigos da família, obtendo dela a seguinte resposta:

É mais fácil perguntar quem não seriam nossos inimigos depois do que Pierre Laforet fez a alguns anos atrás. Muitas famílias foram desgraçadas por ele na França e assim conquistamos muitos inimigos, mesmo reavendo tudo o que ele havia roubado, não foi o suficiente. Como todos devem saber estamos nos reconstruindo depois que aquele lamentável homem foi preso. 

 (Cammily Van R. Laforet é a atual Diretora do Hospital St. Mungus, 
embora seja mais conhecida como o lado feminino do casal yô-yô)

Ao ser  questionada sobre possíveis nomes para estes citados inimigos, ela citou sobrenomes bastante conhecidos como Dubois, Champoudry, Tissou, Chevalier, Sullivan, Van Rousset, Dousseau, Le Blanc, Ferrand e informou ter uma lista completa de todos os que já foram prejudicados por sua família no passado. Tendo terminado os interrogatórios, finalmente chegou o momento mais aguardado, no qual seria decidido sobre a inocência ou culpa das prisioneiras.
A primeira a votar em favor das acusadas foi Francinny Lancastter ao lado de diversos ministeriais e o primeiro a votar contra a inocência de ambas foi o Vice-Ministro Gregory L. Van Rousset o qual parecia bastante certo de sua decisão e foi acompanhado pelo mesmo número de ministeriais que haviam votado em favor das prisioneiras. Restando para a ministra fazer o desempate e tomar a decisão final, esta fez a seguinte declaração:

Gostaria de pedir desculpas, em nome do Ministério da Magia, a família Laforet pela perturbação a qual foram obrigados a enfrentar. Continuando, conforme o senhor Laforet ressaltou, não podemos restituir o tempo em que ambas as senhoritas Laforet perderam na prisão. Também resta-me pedir desculpas pelo inconveniente e os erros, sim, lamento, porém devo ressaltá-los, do Ministério. Declaro por tanto, que ambas as senhoritas Minnie e Lilith Laforet, estão isentas de culpa, declarando-as inocentes. Declaro por fim, o encerramento deste julgamento.

(E foram da ministra Artemísia D. Lancastter, as palavras que colocaram fim ao 
julgamento mais extenso de que já tivemos notícia.)

Cobrindo este acontecimento, estava comigo Solária Annie Lancastter e uma vez que procuramos sempre observar todas as opiniões possíveis, buscamos saber o que o Chefe dos Aurores Lelouch Lamperouge pensava a respeito da decisão que foi tomada nele, em declaração ao Profeta Diário, ele disse o seguinte:

Capturamos, ambas Mikaelly e Lilith, ressaltando que esse primeiro nome é inválido, sendo provado que ela se chama Minnie. O local, a prisão de Azkaban. Elas demonstravam claras intenções assassinas e também para com a libertação de prisioneiros, porém, como foi constatado no julgamento, tudo não passou de uma emboscada, onde o uso da maldição Imperius resultou em tudo isso. Talvez Lilith ainda estivesse sob a maldição Imperius até antes do julgamento, pois sua frieza não era compatível com seu comportamento no tribunal, vale ressaltar. De qualquer maneira, um erro nosso, mas um erro quase que inevitável. 

Verificamos também sobre a opinião de Ares M. Van Rousset o qual atuou como promotor neste julgamento e que nos deu a seguinte declaração:

 Conforme o interrogatório prosseguiu, nos vimos em uma circunstância onde foi necessária o uso da poção Veritaserum. Ambas, Minnie e Lilith, não falharam em comprovar suas inocências e o ministério da magia se viu diante de um gravíssimo erro, tendo, assim, que prestar as mais sinceras desculpas para com elas e suas famílias. Nada mais, nada menos. 

Por fim, obtivemos também uma declaração por parte do Vice-Ministro da Magia Gregory L. Van Rousset:

O julgamento foi longo e estressante, mas deixou duas moças inocentes livres, pelo menos aos olhos do júri. Creio que apesar do tempo que o julgamento durou, é possível que tenha escapado algo, mas posso estar errado, o problema é que posso não estar.

Ao que parece, o vice-ministro não se arrepende por ter votado contra a inocência das acusadas, mas creio que somente podemos torcer para que no fim das contas, a justiça tenha sido feita nesse julgamento que demorou tanto tempo para terminar. Aqui termino esta notícia, esperando que posteriormente possa trazer boas novas.

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About Madeleine Van Rousset

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